O Encanto de Assimilação

    Considerada como um dos maiores privilégios que a magia nos proporciona, o Encanto de Assimilação deve ser feito apenas por pessoas oráculadas, e que já participaram de forma indireta, ou seja, como testemunha ou maestro em alguma situação. Apesar de ser considerada como uma ciência complexa, de inúmeros níveis, é um dos encantos mais conhecidos pelo fato de ele ser usado em cerimonias de casamento quando os noivos assimilam as suas mentes e seus sentimentos um com o outro, gerando uma ligação até a morte de um deles. É considerada um dos campos da magia mais antigo, pois não existe registro de quando a primeira assimilação foi feita. Uma assimilação mal feita pode gerar, além de sequelas permanentes, uma morte muito dolorosa quando feita por pessoas não preparadas ou inexperientes.
    Um dos tipos mais perigosos são os de corpo, pois transfere ao assimilador uma parte ou a completa situação do assimilado. No dia em que o Euller chegou quase morto na casa de seu tio e Regente Cístero estava possuído por magia negra e se não fosse a assimilação que o Regente fizera, seu sobrinho não conseguiria suportar a dor e os efeitos da magia negra sendo removida no processo de libertação.

O Conto das Eras

Segue abaixo todos os capítulos do livro O Conto das Eras. Sendo cada capítulo um livro específico.
Abaixo são histórias que aconteceram durante antes ou depois das histórias escrita do livro O conto das Eras.



As Crônicas do Sheol - 09


- Não sou orgulhoso para admitir que é um bom argumento – eu disse de todo o coração.
- Bem de veras! – disse Leonel.
Gauvain riu sozinho, ao lado dele.
- O que eu disse de engraçado senhor, posso saber?
- “Bem de veras?” Ninguém usa esta expressão há quase duzentos anos.
- Ah! Cale a boca Gauvain, sua cara de maracujeira diz bem que não é lá tão jovem.

...

- Parece-me que estou em um conto da carochinha – ciciou Elão para ninguém, bufando.
- Verdade! – respondi para ele. – Mas viver é bem mais emocionante que ler.
Ele me olhou de esgueira torcendo a boca para o canto.

Eiréu!

As Crônicas do Sheol - 08


- Não admito o senhor chamar esta pobre besta de demônio? – afrontou Cador. – Ela parece ser tão indefesa quanto uma fada-doce.
- Seja racional senhor Cador – pediu Palamedes. – Este animal quase nos matou pouco tempo atrás.
- Ora... fadas-doce não comem pessoas! – retorquiu Elão deixando a vista sua raiva no tom da voz.
- Ela não queria comer ninguém... – respondeu Cador. – E qual animal gostaria de comer um mineiro como o senhor? Provavelmente daria uma indigestão do inferno.
Cístero quis rir, mas teve que interferir quando viu Elão puxar a varinha do casaco.

As Crônicas do Sheol - 07

- E de que tamanho era, filho?
- Grande!... – respondeu Euller para Palamedes. – Bem, não vi direito. Era quase três vezes maior que nós.
- El do céu! – replicou Ofir. – Meu jovem, como algo de tamanha dimensão passa despercebido diante de suas ventas?
- Me desculpe senhor, mas não foi por minha culpa. Vi apenas as silhuetas do bicho.
- Eu pouco vi! – admitiu Elglon. – Apenas alguém com uma capa entrando pela rua.
- Me desculpem, mas há algo incoerente nesta história não acham? – reclamei. – Um diz que viu algo grande e o outro um uma pessoa.
- Eu não sei se era uma pessoa senhor Fenas! Apenas...
- Estamos perdendo tempo aqui discutindo algo que não nos levará a nada – falou Galaaz. – Temos logo que decidir o que vamos fazer. Seguiremos em frente ou iremos atrás deste animal!
- Nós nem ao menos sabemos com o que estamos lidando! – contrapôs Tristão. – É loucura ir atrás de algo assim.
- Pode ser violento...
- Exatamente! – concordou Tristão com Cístero.
- Talvez esteja usando a cidade como morada...
- Pior! – continuou Tristão sabendo que iria embora logo dali.
- E quando os moradores voltarem terá que enfrentá-lo. Por isso precisamos saber o que é e fazer algo a respeito.
- É!... – Tristão teve de concordar e a esperança de cascar o beco dali se esvaiu como água entre os dedos.